sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A evolução da agricultura a partir de 1974....

A análise explicativa da situação que o sector agrícola apresenta, passa pela mudança de regime operada em 25 de Abril, as transformações económicas e sociais que começaram a ser esboçadas, pretenderam alterar as bases e os objectivos do modelo económico e político. Tais alterações, embora afectando todos os sectores da economia, reflectiram-se de uma forma mais aguda no sector agrícola.
As relações de produção área do latifúndio rebentam pelas costuras e dão-se as ocupações de explorações agrícolas por trabalhadores rurais originando através de um processo descontrolado, novas formas de unidades produtivas. A seguir, concretizou-se a nacionalização da maior parte dos latifúndios e das áreas dos perímetros regados, cujas obras de hidráulica tinham sido financiadas e executadas pelo Estado. Contudo, os problemas de fundo da agricultura não foram ultrapassados.
Na zona de intervenção da reforma agrária continua a predominar a monocultura extensiva e, a norte do Tejo, continuam a praticar-se as mesmas culturas em processo diminuto, sem grandes avanços de tecnologias e não se vão avançando significativamente no aproveitamento integrado das especializações naturais de cada zona.
Os Governos, apercebendo-se das dificuldades com que se debatia o sector agrícola e das implicações negativas que daí representavam para o desenvolvimento económico do país, tentariam minimizar tais implicações através das várias medidas. Contudo, foram quase sempre medidas pontuais e, por vezes, mesmo contraditórias, dadas as diferentes perspectivas e objectivos políticos de conjuntura, dos sucessivos Governos.

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