sábado, 17 de outubro de 2009

A Região Centro como destino turístico

A Região Centro de Portugal tem grande potencial para ser transformada num destino turístico relevante ao nível nacional. Factores como a diversidade e a riqueza das atracções turísticas, a localização geográfica, as boas acessibilidades, a hospitalidade dos residentes, os preços competitivos e a segurança, são apenas alguns dos vectores que devem ser destacados para destacar e justificar o seu forte potencial turístico.
No que se refere a atracções turísticas, existem na região recursos naturais e culturais com forte atractividade, desde o litoral ao interior do país com as suas praias, rios, áreas protegidas, termas aldeias históricas, museus, castelos, igrejas, solares, artesanato e gastronomia e vinhos regionais que assumem um lugar de destaque.
A diversidade de recursos da região torna bem patente a forte capacidade para o desenvolvimento de produtos turísticos, destacando-se o turismo cultural, o turismo de natureza, o turismo de saúde, o turismo em espaço rural e o turismo desportivo. Sem esquecer de incluir nestes produtos as diversas atracções que foram sendo construídas nos últimos anos, enriquecendo e dinamizado qualquer produto turístico.
Este passo exige o desenho de estratégias e planos de captação dos segmentos de maior interesse para a região.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A tradição do vinho vem de tempos antigos....


Antes de existirem adegas cooperativas, os agricultores faziam o vinho nos seus lagares e cada um o guardava na sua adega. As uvas eram transportadas em pipas e carros de bois até aos lagares. Aí as mulheres enchiam gamelas (vasilhas de madeira) e despejavam as uvas no lagar, onde eram pisadas pelo pé ou braço dos homens e espremidas pela prensa. Deixava-se ferver o mosto ainda dentro do lagar. Três ou quatro dias depois saía o vinho para as pipas já untadas com sebo. A adega só recebia luz da porta para que estivesse sempre fresca e o vinho se conservasse com todas as suas qualidades. Depois de cheias as pipas e lavado o lagar guardava-se o bagaço nas tulhas, bagaço que mais tarde era transformado em aguardente. Durante alguns dias o responsável pela adega inspeccionava as pipas para se certificar de que não deixavam sair líquido. O bagaço era levado para as alquitarras (utensílios de produção de aguardente) que tinham um pote onde se colocava o bagaço e uma cabeça que levava a água fria de modo a permitir a condensação do vapor produzido pelo aquecimento do bagaço. A aguardente escorria pelo cano para um recipiente.
A altura em que se faz aguardente é Outubro e Novembro. Depois de extraída a aguardente, o bagaço serve para adubar as terras e alimentar os animais. ´
É assim a tradição por Terras da Beira que as gentes locais continuam a dar continuidade a esta actividade, com a introdução de alguma tecnologia nalgumas famílias!
A Associação de Desenvolvimento Local Terras da Beira pretende dar continuidade a esta arte do saber-fazer com o desenvolvimento de um tour turístico que incide sobre esta temática: as Vindimas.