quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O movimento associativo

Do meu ponto de vista o movimento associativo está a perder pelo facto de não ter um estatuto, que sirva para reclamar direitos. Penso que o estatuto não invalida a criatividade e a diversidade.
As associações não conseguem viver sem programas, isso é uma evidência, porque a nossa sociedade é pobre, não consegue alimentar o movimento associativo, e devia haver talvez um maior empenho da sociedade e da comunidade no seu movimento associativo, mas é sabido quanto é que custa arrancar, por vezes, uma quota a um sócio no decorrer do ano civil.
Há esse problema de não haver sensibilização para alimentar o movimento associativo e daí a necessidade de questionar o Estado. Mas é sabido que há outros países em que o movimento associativo é mais bem tratado e são dados às associações recursos mínimos indispensáveis à sua sobrevivência, logo, penso que é muito importante este relacionamento e é preciso defini-lo. Penso que o estatuto pode vir a enriquecer a definição dessas situações, quais são as relações com o Estado e qual o orçamento que o Estado deve contemplar como verba para o associativo, coisa que agora, que saibamos, não existe e sabemos muito bem as consequências disso, quando a associação não dispõe de gestão de programas e põe-se já o alarme de quando os programas comunitários acabarem o que é que o movimento associativo vai fazer.
Penso que não devemos confundir a necessidade do movimento associativo com a oportunidade de gerir programas comunitários, de aproveitar estas oportunidades para injectar no desenvolvimento esses recursos, e confundir as duas coisas é perigoso para o movimento associativo.

Sem comentários:

Enviar um comentário