quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Agricultura na Beira Interior, que perspectivas?

O panorama da agricultura a nível regional não é brilhante, nem as perspectivas optimistas. Nesta região, tem-se assistido a uma acentuada diminuição da população activa ficando, cada vez mais, os velhos a tratar dos campos. Em alguns concelhos, com destaque para a zona da fronteira com a Espanha, a diminuição de população assume proporções muito acentuadas, fruto da repulsão, derivada sobretudo da estagnação da agricultura.
Temos que ser claros e directos, não escondendo a gravidade da situação, estes concelhos, estão a caminhar para uma situação que tende para a morte económica e social. A esta situação temos, economicamente, chamado de não retorno, pois que, por não terem actividades industriais nem iniciativas de reconversão da agricultura tradicional, por não se alterar a estrutura da propriedade rústica demasiado repartida e por não existirem condições sociais e culturais atractivas - tais zonas ficarão cada vez mais incultas e despovoadas.
Torna-se urgente que sejam definidas prioridades de actuação com vista a prestar apoio directo às especializações naturais que a região pode e deve desenvolver. Não interessa produzir de tudo e de qualquer maneira, mas antes, intensificar a produção em moldes correctos, proceder ao aproveitamento dos solos conforme as aptidões e utilizar uma tecnologia cada vez mais adequada, o que envolve a selecção das sementes, as adubações, a mecanização e introdução de novas culturas com destaque para a produção de forragens que importa intensificar. Será uma mais valia investir em actividades já significativas, salientam-se as seguintes áreas, que muito ganhariam se fossem aproveitados os fundos comunitários disponiveis: fruticultura, horticultura, ovinos e caprinos, produção de queijo da serra e o fomento florestal.

Sem comentários:

Enviar um comentário