domingo, 5 de setembro de 2010

Da área ardida à reflorestação


A área ardida todos os anos vai aumentando, ficando sem utilização áreas cada vez maiores de solos com aptidão florestal. De facto, quanto à floresta privada, os incêndios já são aceites como uma calamidade quase natural. Os proprietários florestais, sem qualquer apoio, deixam cair os braços perante a desgraça e, por si só, não metem mãos à obra de reflorestar as áreas ardidas. Antes da reflorestação ainda se põe a questão das madeiras ardida, dos salvados. O que acontece é que, regra geral, a madeira ardida, que não perde praticamente valor comercial se for logo cortada, é mal vendida a madeireiros que se aproveitam da situação.

A reflorestação das áreas ardidas no país não está a ser feita a um ritmo razoável. De facto não passou de algumas centenas de hectares que são reflorestadas por ano, enquanto por ano ardem alguns milhares de hectares.

Esta situação é cada vez mais grave, e continua a viver-se nas águas mornas porquanto, mesmo em relação à florestação de solos que têm aptidão florestal, estamos muito atrasados.

A questão que aqui se põe consiste em saber se basta consumir por abate e incêndio a floresta que temos, ou se antes nos devemos preocupar com a gestão do futuro da floresta.

Consumir o presente ou preparar e fazer a gestão do futuro é a resposta que tem de ser rapidamente dada perante tão grave situação.

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